Ceir disponibiliza cadeira especial para realização de ressonância magnética

Cadeira de rodas para ressonância magnética

A ressonância magnética é um exame detalhado e aprofundado que ajuda em diagnósticos precisos. Porém, o que pode ser um simples exame para a maioria das pessoas, para os cadeirantes pode se tornar um problema por conta da estrutura do aparelho.

Para minimizar tais dificuldades, o Centro Integrado de Reabilitação (Ceir) disponibiliza, desde terça-feira (31), uma cadeira de rodas específica para cadeirantes realizarem o exame de ressonância magnética.

O tecnólogo em Radiologia, João Paulo Bandeira, explica que o diferencial da cadeira de rodas específica para ressonância magnética é que não possui em sua composição nenhum tipo de material que possa interferir no exame. Confeccionada em alumínio e plástico, ela possui apoio de pés e proporciona independência na movimentação do paciente.

“O Ceir é o primeiro local da rede pública teresinense a disponibilizar uma cadeira de rodas adaptada para realização do exame de ressonância magnética. Isso era uma demanda dos cadeirantes, que se incomodavam com as dificuldades enfrentadas para a realização do exame de ressonância magnética. Agora, o usuário ganha mobilidade. Ele poderá sair sozinho do trocador para a sala de ressonância e lá ele terá o apoio do técnico responsável pela realização do exame”, explica o superintendente multiprofissional da instituição, Aderson Luz.

A cadeirante Auricélia Nunes, de 39 anos, testou e aprovou a cadeira de rodas. “Ela é muito confortável. Além disso, evita que nós, cadeirantes, tenhamos que passar por alguns constrangimentos para realizar um simples exame”, diz.

Auricélia teve paralisia infantil aos dois anos de idade e, por isso, usou tutor na perna esquerda e uma muleta no braço direito durante parte da sua vida. Ela tinha uma vida normal. Caminhava, usava salto e trabalhava. Essa rotina mudou quando precisou fazer uma cirurgia de correção de tíbia, quando acabou perdendo completamente o movimento das pernas.

Mas fragilidade não é uma palavra que combina com Auricélia. Ela não se deixou abater e se tornou uma atleta de badminton, um esporte bem parecido com o tênis, mas que utiliza uma peteca no lugar da bola – e já ganhou vários torneios. Ela também pratica o halterofilismo.


Paratleta ganha cadeira de rodas adaptada para praticar badminton

Para que ela possa continuar participando e conquistando campeonatos de badminton, o Ceir concedeu para Auricélia Nunes, uma cadeira de rodas adaptada, nesta quarta-feira (1), para que ela possa participar de torneios e praticar o esporte com segurança e conforto. “Estou muito feliz. Essa cadeira vai me ajudar a superar, ainda mais, meus limites”, finaliza Auricélia.


Texto: Andressa Kerllen – Comunicação Reabilitar