Clínica de Microcefalia do Ceir já realizou mais de 2.700 atendimentos

Ester Vitória recebendo atendimento. (Foto: Ascom Reabilitar)

Há três meses, a esperança de mães com bebês nascidos com microcefalia relacionada ao zika vírus se renova no Centro Integrado de Reabilitação (Ceir). A Clínica de Microcefalia do local já realizou 2.793 atendimentos.

Mãe de quatro filhos, Mara Célia deixou de trabalhar aos 37 anos para cuidar da caçula Ester Vitória, que nasceu com microcefalia. As duas foram as primeiras atendidas pelo novo serviço do Centro, onde vão ficar até a bebê completar três anos de vida.

“Tenho aprendido como cuidar melhor dela em casa e dar continuidade ao tratamento. Também recebo orientações sobre os nossos direitos. Estou feliz com as evoluções da minha filha, não é uma conquista só dela”, vibra Mara Célia.

Segundo o Ministério da Saúde, crianças nascidas com microcefalia devem receber estimulação precoce desde os primeiros meses de vida até três anos de idade. “É quando elas têm maior potencialidade para se desenvolver. Mas caso ainda não estejam aptas para receber alta, continuarão em reabilitação”, explica Maria Andréia Marques, coordenadora da Clínica de Microcefalia do Ceir.

O local já atende 63 bebês e tem capacidade para receber até 200 crianças. Entre os atendimentos oferecidos estão assistência social, enfermagem, neuropediatria, dermatologia, fonoaudiologia, fisioterapia, psicologia, entre outros.

O serviço foi implantado através de parceria entre o Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi). Para ter acesso, os bebês são diagnosticados no Instituto de Perinatologia Social da Maternidade Dona Evangelina Rosa ou no Centro Integrado de Saúde Lineu Araújo e, em seguida, encaminhados para consulta de admissão no Ceir.


Texto: Cláudia Alves – Comunicação Reabilitar