Alunos do Instituto Dom Barreto conhecem trabalho desenvolvido no Ceir

Na tarde desta quarta-feira (05), alunos do Instituto Dom Barreto visitaram o Centro Integrado de Reabilitação (Ceir). O intuito é firmar uma parceria com o Ceir, de modo a viabilizar a participação de alunos do Instituto nas atividades desenvolvidas no Centro.

Na visita, 30 alunos do 7º ano do Instituto Dom Barreto conheceram os espaços do Ceir e acompanharam realidade das pessoas com deficiência que recebem atendimento no Centro. O encontro foi finalizado no Auditório, onde os estudantes assistiram a um vídeo sobre o trabalho da instituição e ouviram depoimentos de pacientes.

A professora Cataria Santos, responsável pelos alunos, explica que a parceria é fruto de um projeto realizado pelo Instituto Dom Barreto, através do qual alunos do 5º ao 7º ano participam de ações junto a instituições onde funciona trabalho voluntariado. De acordo com a professora, a instituição de ensino desenvolve o projeto “Vista-se de Gentileza”.

“Fazemos isso porque os alunos têm poucas oportunidades de vivenciar isso no dia-a-dia, então, nós realizamos campanhas na escola com o tema da instituição e, dentro da disponibilidade da instituição e sem comprometer o horário escolar dos alunos, fazemos visitas. A palavra de ordem do projeto é Vivência”, explica Catarina.

O presidente voluntário da Associação Reabilitar, que administra o Ceir, o neurocirurgião Benjamin Pessoa Vale, participou da visita dos estudantes e falou aos alunos sobre o trabalho do Centro. “Nós temos um dia privilegiado, primeiro, por vocês estarem aqui, segundo, por ter a oportunidade de conhecer uma instituição que tem uma fundamentação só: o cuidado com as pessoas. Aqui, nós não cuidamos de doenças, aqui nós cuidamos da essência do ser humano, fazendo com que, mesmo nas suas limitações, eles consigam conviver socialmente. O Ceir tem uma responsabilidade imensa, que é cuidar do próximo socialmente distante”, afirma.

Ingred Bida, paciente do Ceir, contou aos alunos que, em decorrência de um acidente doméstico, há cerca de um ano, sofreu um trauma que a deixou paraplégica. Para ela, o Ceir é sinônimo de esperança. “Eu passei poucos dias no hospital, foi um final de semana, mas tudo que eu ouvia era ‘vamos cadastrar logo no Ceir’. O Ceir simplesmente funcionou pra mim como a esperança da reabilitação e é o que está sendo, está superando as expectativas da minha reabilitação”, conta.

O estudante Gregório Neto, que participou da visita, afirma que conhecer a história de pacientes do Ceir traz um grande aprendizado. “Eu achei muito legal, porque a gente conhece a história de pessoas que perderam algum membro, ou que têm outro tipo de limitação e conseguiram dar a volta por cima e não desistiram da vida. Há algumas pessoas que não conhecem o Ceir e pensam que não dá certo, mas temos os exemplos do Marcos e da Ingred, que são dois vitoriosos na vida e é isso que a gente tem que espalhar. É um grande aprendizado pra gente”, ressalta.


Texto: Jociara Luz – Comunicação Reabilitar