Associação Reabilitar é parceira em programa de saúde para reduzir mortes e sequelas por infarto e AVC

O Governo do Piauí lançou na manhã desta quinta-feira (15), no Palácio de Karnak, os projetos Linhas de Cuidado do Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e do Acidente Vascular Cerebral (AVC), com o objetivo de reduzir mortes e sequelas de pacientes vítimas das duas doenças. O infarto do miocárdio é responsável por 30% dos óbitos no Brasil, sendo a principal causa de morte, seguida do AVC.

 

 

A Associação Reabilitar, dirigida pelo neurocirurgião Benjamim Pessoa Vale, será parceira do projeto, atuando principalmente nas frentes de prevenção e reabilitação dessas doenças.  Entre outras ações, essa organização social mantém há quase 15 anos o projeto Pense Bem AVC, que atua com palestras e exposições para levar informações às escolas e aos espaços públicos e privados. O objetivo é alertar a população sobre como evitar e reconhecer a ocorrência do AVC, bem como reforçar a importância de os casos serem tratados rapidamente, possibilitando mais chances de sobrevivência e melhores condições de reabilitação aos pacientes.

 

 

A iniciativa do projeto, pioneiro no Brasil, foi elogiada em vídeos enviados por membros da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e pela presidente da Organização Mundial do AVC (sigla em inglês – WSO), Sheila Martins. “Esse projeto é mais uma grande conquista do Piauí e tenho certeza que será modelo para outros lugares do país”, destacou Sheila Martins.

 

A governadora Regina Sousa (PT) destacou que a implantação dessa rede de atendimento é um passo importante para melhorar as condições de saúde da população. “Foi uma construção coletiva de muitas cabeças, muitos médicos, sob a coordenação dos médicos Telmo Mesquita e Benjamim Pessoa Vale. Vai ter alguém da telemedicina orientando as pessoas para que haja o atendimento imediato e integrado. Sabemos que a prevenção é importante, e vamos dar condições para que saibam reconhecer e dar o atendimento correto em casos de infarto ou AVC”, afirmou a governadora Regina Sousa.

Projeto vai promover desde a prevenção até a reabilitação

 

De forma resumida, os programas atuam em três frentes. A primeira delas e treinar os profissionais de saúde, inclusive as equipes do SAMU, para que adotem o procedimento correto o mais rápido possível nos pacientes acometidos com qualquer uma das doenças. “Vamos estruturar a rede para ter atendimento precoce.  Para você ter uma ideia, na situação mais crítica do infarto, quando tenho a obstrução da artéria do coração, temos no máximo 30 minutos para aplicar o medicamento que desobstrui essa artéria”, afirmou Najeli de Sousa Lima, coordenador das Linhas de Cuidados do Infarto da Secretaria de Saúde do Piauí. Ou seja, o atendimento inicial é fundamental para reduzir o risco de morte e de sequelas.

 

 

A segunda frente é uso de medicamentos e tratamentos adequados. Para isso, o Governo do Estado vai enviar remédios para os principais hospitais da rede estadual e de alguns municípios. O Piauí, por exemplo, terá a maior rede de trombólise do Brasil. Trombolítico é um tipo de medicamento aplicado desobstruir as artérias e serve tanto para AVC quando para infarto. Receberão o remédio os hospitais de Teresina, Floriano, Uruçuí, Bom Jesus, Corrente, Parnaíba, Piripiri, Esperantina, Luzilândia, Água Branca, Campo maior, Valença, Oeiras, Picos, São Raimundo Nonato, além das bases do SAMU avançado.

 

 

A terceira frente é a instalação de equipamentos médicos para a realização de exames que agilizem o diagnóstico e tratamento dos pacientes. “Boa parte desses equipamentos já estão em alguns hospitais. Temos tomografias à disposição dos profissionais, além de uma plataforma que vai permitir o diagnóstico o mais rápido possível, tanto para os cardiologistas como para os neurologistas”, explicou o secretário de Saúde Néris Júnior. “Vamos poder salvar mais vidas e evitar sequelas”, garantiu.

 

“No caso do AVC, serão trabalhados primeiro em oito hospitais, que são os que têm tomografia 24 horas”, afirmou Telmo Mesquita, coordenador da Rede de Urgências e Emergências (RUE) da Secretaria de Saúde do Piauí.

 

 

**Com informações da CCOM