Capacitação sobre Transtorno de Espectro Autista reúne mais de 200 pessoas no Ceir

Diagnóstico, tratamento, nutrição adequada e a construção de novos direitos e possibilidades de inclusão de pessoas diagnosticadas com Transtorno de Espectro Autista (TEA) estiveram em pauta, nesta terça-feira (22), durante a abertura do curso promovido pelo Centro Integrado de Reabilitação (Ceir).

O evento, que acontece até a próxima sexta-feira (25), no auditório da instituição, reúne mais de 200 profissionais, acadêmicos e familiares interessados em aprofundar seus conhecimentos sobre a complexidade dos cuidados e demandas dos sujeitos com TEA e de suas famílias, em seus contextos reais de vida, além do processo de inserção social e garantia de direitos.

A coordenadora do curso e gerente de Reabilitação Intelectual do Ceir, Maria Andreia da Nobrega Matos, explica que o curso é uma resposta à grande demanda de pacientes por atendimento, associada à necessidade de pessoas com conhecimento qualificado sobre o atendimento de crianças e adolescentes com TEA.

“Este é o terceiro ano atendendo a Clínica de Transtorno do Espectro Autista. E o curso é uma forma de partilharmos um pouco sobre o que sabemos e fazemos no Ceir. Tivemos uma procura muito grande pelo curso por parte de estudantes, profissionais e familiares, o que revela um número elevado de pessoas envolvidas com esse público. Devido a isso, já estamos pensando em ofertar um novo curso para quem não pode se inscrever neste”, diz.

Atuando em um Centro de Apoio Psicossocial (Caps), na cidade de Colinas, no Maranhão, a pedagoga Nayra Talita explica que o curso é uma oportunidade única e acessível para auxiliá-la no tratamento de seus pacientes. “É uma gama de profissionais capacitados que têm a acrescentar muito ao meu trabalho. Recentemente, onde trabalho, passamos a atender crianças e adolescentes com TEA e sentimos a necessidade de aprimorar nosso conhecimento para atender melhor esse público e a outras crianças com necessidades especiais”, conta.

Já para Maura Ribeiro, fonoaudióloga do Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) de Floriano, o curso vem para trazer novas informações e tirar dúvidas sobre o autismo. “É complexo até para nós, profissionais, que achamos que sabemos alguma coisa e na verdade sabemos muito pouco. Todo dia tem uma novidade e temos a certeza de que o mundo deles é um e o nosso é outro, mas devemos estar atentos e orientar sobre respeito às demandas particulares desse público”, destaca.

Ao todo, são 21 aulas com ênfase em Análise do Comportamento Aplicada (ABA), ministradas por médico, psicólogos, assistente social, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogos, psicopedagogos, musicoterapeuta e nutricionista.

Texto: Lourdes Pereira– Comunicação Ceir