Ceir promove palestra sobre direitos das famílias de bebês com microcefalia

O Centro Integrado de Reabilitação (Ceir) realizou, nesta segunda-feira (12), a segunda Roda de Conversas para as 80 famílias atendidas pela Clínica de Microcefalia da instituição. O encontro teve como objetivo continuar a programação das palestras, dessa vez com especialistas convidadas, para tirar dúvidas sobre os direitos dos bebês com microcefalia.

As palestrantes do evento, a doutora em psicologia Maria Andreia Marques e a assistente social Ana Kelly, apresentaram informações atualizadas sobre a Microcefalia no país e esclareceram temáticas a respeito dos direitos que pacientes e familiares têm e recebem por meio de intervenção do serviço social para diminuir barreiras burocráticas no acesso aos benefícios e atendimento dos pacientes.

“Abordamos sobre o histórico da Clínica de Microcefalia do Piauí, seu objetivo e técnicas desenvolvidas no tratamento dos bebês com essa patologia. Respondemos algumas demandas que as mães questionam e mostramos que estamos buscando articular com outras instituições responsáveis para poder resolver os problemas dos pacientes de forma mais ágil”, explica a psicóloga Maria Andreia Marques.

O presidente voluntário da Associação Reabilitar, Benjamim Pessoa Vale, participou da abertura do bate-papo, parabenizou as famílias presentes e falou da importância dos temas colocados em discussão. “É preciso a conscientização dos familiares e pacientes para facilitar o desenvolvimento do trabalho de todos. Então, é muito importante essa roda de conversas como forma de interagir os profissionais com as famílias dos pacientes e, assim, atender suas necessidades”, ressalta.

A iniciativa do serviço social do Ceir partiu de propostas feitas pelas próprias mães atendidas durante reunião de avaliação anual. Francilene Apóstolo, mãe do Igor Gleison, de um ano e sete meses, participou da roda de conversas e falou sobre o momento de interação e o quanto foi interessante para esclarecer as famílias presentes. “Hoje, a conversa foi muito proveitosa para todos. Eu mesma recebo meus benefícios, mas ainda há algumas dificuldades. Outras mães também não tinham conhecimento sobre os direitos dos nossos filhos. Além disso, ainda foi um incentivo para a possível formação de uma Associação das Mães, para lutarmos por mais melhorias”, destaca.

 


Texto: Luara Lendra – Comunicação Reabilitar