Transporte eletivo completa dois anos com 199 mil atendimentos a pacientes

A rotina da Dona Maria das Dores Santos, de 59 anos, começa cedo, ainda de madrugada. “Às 2h30 da manhã eu levanto para fazer um cafezinho, tomar banho, me arrumar e esperar o ônibus passar para vir pra Teresina”. Amputada de uma das pernas, devido ao agravo da diabetes, ela mora em Hugo Napoleão e faz tratamento no Centro Integrado de Reabilitação (CEIR), em Teresina. Para chegar até a capital, ela usa o Transporte Eletivo, um projeto da Secretaria de Estado da Saúde, em parceria com a Associação Reabilitar e a Associação Piauiense de Municípios (APPM).  

Completando, nesta quinta-feira (3), dois anos de existência, comemorados em evento realizado na garagem dos ônibus utilizados para o transporte, o projeto já atendeu à cerca de 199 mil pacientes do Piauí, que precisam sair de municípios do interior para a capital para realizar consultas, exames e tratamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “É um projeto grandioso pelo alcance social que ele tem. Não é só transportar pessoas, é transportar de forma digna, melhorando a situação de quem vinha de qualquer jeito, por meio de ambulância e carros fretados sem nenhum conforto e segurança”, afirma Walter Oliveira, superintendente administrativo-financeiro da Associação Reabilitar.  

Segundo o secretário de Estado da Saúde em exercício, Telmo Mesquita, o projeto contribui, ainda, para a melhoria no sistema de saúde do estado. “É um projeto que salva vidas e ajuda a valorizar cada vez mais a vida do piauiense. Ao fazer esse translado dos pacientes do interior e trazer para o atendimento em Teresina, ele tem ajudado muito a Saúde do Piauí. E o secretário Florentino Neto tem se empenhado muito para garantir essas melhorias, assim como o governador Wellington Dias, que se coloca sempre muito disponível para os projetos que visam a melhor qualidade de vida do cidadão”.  

Benefícios também ampliados às Prefeituras dos municípios que fazem parte do projeto. “É um projeto muito importante para a comunidade, pois os pacientes e acompanhantes ficam contentes e tem um grande custo-benefício para a Prefeitura de cada cidade”, pontua a representante da Associação Piauiense de Municípios (APPM), Eliete Marreiros.  

Para Gilberto Ribeiro, um dos motoristas que compõem a equipe do Transporte Eletivo, a satisfação do paciente vem em primeiro lugar. “O que eles nos falam diariamente é que esse transporte foi uma luz na vida deles. Então eu me sinto um profissional realizado. Dirigir já é uma função que eu faço com amor e poder ajudar meu próximo completa o meu dia”.  

Em dois anos são muitas histórias contadas e vivenciadas nas estradas, de pessoas que se superam a cada dia. Histórias como a da Dona Maria das Dores, que no conforto da fé, não cansa de dizer: “vai dar tudo certo”.